Devaneando

Há muito tenho tentado escrever para o blog, porém é como se não existisse palavras que expressassem meus pensamentos. Ou talvez palavras, ideias demais sejam o motivo para a falta.
Aceite este pequeno voo. Para onde? Infinito. De onde? Da mente? Quem sabe...

Aceite o desafio e viaje também.


Muitas vezes embarco em viagens.
Caminho por vales e montanhas escondidas nos recônditos de minha mente.
Muitas vezes torna difícil retornar.
Será uma viagem sem retorno?
Ou será que a viagem retarda a volta?
Talvez adentrar nesse mundo seja perigoso
Talvez ser sonhadora não seja a melhor escolha.
Mas não conheço vida melhor.
Não conheço melhor meio para alcançar o almejado

Algum personagem de Dostoiévski se atreveria a fazer o mesmo?
G.H caminhou pelo inferno e paraíso.
Conseguiria... Eu?
Por enquanto apenas balbucio...

Mesmo que minha mente possa me enganar
Quero pintá-la
Conhecê-la
Esquadrinhá-la
Mapeá-la
Impossível?

Escrevo... Escrevo... Digito...
Essa é a forma de me comunicar
Comunicar o quê?
O meu jejum do mundo
E a antropofagia de mim.

Talvez escrever isto revele muito mais do que eu queira revelar
Mas somos seres com necessidade de vínculo
E meu escrito agora se tornou o vínculo que faço contigo, leitor
Vínculo tênue, frágil, belo
Como a
                     V I D A



("Starry Night", Pintura de Vincent Van Gogh)

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