70 anos do ataque nuclear à Hiroshima e Nagasaki

Olá my dears, mein lieber! Tudo bem?
Esta postagem é sobre um assunto delicado e pesado: 70 anos do lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki.









A Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume

Sem rosa sem nada








O texto  e vídeo acima é de um poema escrito por Vinícius de Moraes. Seu poema remete a segunda geração modernista brasileira - que buscava escrever sobre os problemas inflingidos ao ser humano nas guerras - e evindecia, além de criticar, o ataque desnecessário - porém considerado correto para a política- às duas cidades japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 6 de agosto  de 1945 o Governo americano jogou a bomba de fissão A, apelidada de Little Boy - Menininho- sobre a cidade industrial e constituída de maioria de mulheres, velhos e crianças - 85% . Qual era o ojetivo? Fazer os japoneses se renderem. Mas a que custo?
Percebendo - ou fingindo não ver ou pensar no desespero dos cidadões japoneses, ou mostrando que aprenderam a ser insensíveis - o EUA lança três dias depois - 09 de agosto - a bomba apelidada de Fat Man - Gorducho - sobre outra cidade japonesa. Desta vez Nagasaki.Conseguindo semanas depois seu objetivo: o Japão se rende, desvatado e arrasado psicologicamente e fisicamente. Entretanto se reconstruí  rapidamente e continua sendo uma das maiores economias, um símbolo de resistência e resiliência- temos que aprender com eles.

Depois do ataque o que o Estados Unidos da América fez? Criou o centro de pesquisas ABC, a fim de usar como "cobaias", as pessoas atingidas pelas radiações das bombas atômicas. Até hoje as pesquisas seguem, mas atualmente com o auxílio do país vitimado.
Todavía não há um mal que não traga bens. Por quê? Os conhecimentos arrecados nas pesquisas ajudaram a vítimas de Chernobyl e possíveis vítimas futuras de acidentes nucleares. No entanto esses argumentos não justificam a ação.




Um ser humano que seja consciente, não vai considerar nenhum argumento a favor desse ato terrorista - mesmo sendo utilizado de forma persuassiva - como certo ou favorável a prática. Um ser humano não vai levantar de sua cadeira e gritar em favor desse ato. Ninguém que tenha sensibilidade diria: "Bravo! Faça de novo!" Pessoas não podem ser usadas como brinquedo, ou mesmo cobaia. Então quer dizer que lançaram a bomba para acabar com o país e saber como o corpo fica quando recebe radiações? Isso não é pensar como humano!
As autoridades se tornaram máquinas dominadas por seus instintos, desejos, dinheiro e seu nacionalismo exarcebado. A corrida armamentista intimidou as pessoas comuns, contudo para eles era apenas um jogo, em que, quem matar mais pessoas vence a guerra. Este fato foi visto pelo mundo durante a Guerra Fria entres as duas superpotências EUA e a ex-URSS. Que bom, que a briga psicológica não passou de Fria, porque poderíamos não existir mais, ou seja um aniquilamento da humanidade. Embora na época houvesse uma negação em relação ao aniquilamento. A quem o homem queria enganar? A si mesmo? Porque sabemos os estragos de uma bomba atômica a nós, aos animais, as plantas, ao solo, ao ecossistema, a atmosfera e tudo que nos rodeia.
 Os políticos não percebem que violência só gerará mais violência? É como aplacar um sangramento aumentando a ferida no mesmo local. Este conhecimento é de senso comum: não há como parar a violência com mortes. Será que eles perderam sua percepção? Seu conhecimento comum? O poder cega? Ou é por que foram ensinados a matar pessoas só porque são de outras nacionalidades, consideradas inimigas. Por que o homem separa as pessoas em raça, cor, religião ou etnia? Para se tornar maior só por causa da cor? O que dita quem somos é nosso caráter, não nosso corpo físico.

(Na imagem as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki respectivamente)






Aproveitando que comentei sobre a difereça de cor, nacionalidade e religião recomendo que escutem essa música que relembra um fato que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial: a trégua de uma noite entres inimigos, por causa do natal. Uma canção que remete ao filme Feliz Natal que ganhou Globo de ouro.

Milhares como eu  por Scalene


Leitura - o que li
A Era Atômica por Roberto Maiocchi


Obra que trata como o átomo passou de descoberta científica para arma de guerra.
A ciência veio para o progresso, mas o que significou a busca armamentista de atacar o inimigo, a todo custo, mesmo que para isso sacrificar vidas? Uma nova psicopatia? Ou a indecência humana? Ou a corrupção humana?
Uma leitura informativa e reflexiva sobre a Era Atômica e o que ela acarretou ao mundo.



Bom, meus queridos, este post foi difícil de escrever e agradeço por você, que leu até o fim, obrigada!
Não esqueçam a Rosa de Hiroshima!
Até mais.

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